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domingo, 18 de julho de 2010

Amor,
Sentimento belo e odioso
Amalgama de dor e ilusões
Alegrias e fortes emoções
Ser de vestido vermelho e caloroso

Desenfreado querer
Do que não se pode ter
Dor que corroi o interior
Alegria que transborda para o exterior

Sentimento supremo,
Alegria de quem ama
Loucura de quem quer amar
Estigma de quem clama não o desejar
Morte de quem o amor se atreve a renegar

Amor,
Dicotomia dos sentimentos
Avaria das sensações
Causador de mil ilusões e tormentos
Arauto das sentidas ligações

Sentimento supremo
Confusão eterna do desejo apaixonado
Maestro calculista do ciume
Doença terminal do fragil coração

Amor,
Tu que me despertaste
Tu, que a mim te ligaste
Fica sabendo que em mim deixaste
Um tremendo desgaste

Com a tua passagem inocente
Tudo levaste,
E nem quando te implorei perdidamente
Tu voltaste

Amor,
Flor dos augurios de outrora
Estigma das angustias de quem chora
A ti em plenos pulmões o cupido implora
Com a suplica aguçada na voz: "Pára!"

Vem, vem ter comigo
Aquele que se fez teu amigo
Vem, vem ter comigo
Aquele que arde por estar contigo

Leva contigo o sofrimento
Para bem longe deste momento
Pois quero acabar com este tormento
Enquanto ainda tenho alento

Traz contigo o teu belo sorriso
Traz o prazer de nada fazer
Com a sensação de tudo ter
E deixa-me em ti adormecer

Faz o que achares melhor
Mesmo que tal me traga apenas dor
Sentimento que conheço já de cor
Sentimento em mim cravado pelo pior

No limiar de felicidade
Encontramos o auge da humanidade
Mas entre os montes floridos e corações
Ouvimos também os pedidos de mil perdões

Actos inconstantes de amor confuso
Situações incoerentes de quem tem meio parafuso
Muitas vezes pontes da amarga loucura
Dor que atenua, mas não tem cura

Mas é nos caminhos lodosos
Em pantanos de mentiras e sentimentos odiosos
Que o amor finalmente se revela
Qual flor do pantano como não há mais bela.


Hollow Raven

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